VOLTA SULAMITA parte 1

   Volta, volta, ó Sulamita, volta, volta, para que nós te vejamos. Por que olhais para a Sulamita como para as fileiras de dois exércitos? Ct 6.13.

    No livro de Cantares encontramos uma mesclagem de linguagens de duas interpretações distintas, entretanto, corretas. A primeira forma de linguagem é a poética, que descreve o amor de Salomão por sua esposa Sulamita. A segunda forma é a linguagem alegórica, em que no sentido figurado, o livro apresenta a igreja envolvida amorosamente co Cristo.

    Nesta passagem, Salomão faz um contraste comportamental da Sulamita, ora ela está distanciada, ora está próxima dele. Alegoricamente, o comportamento da igreja nos nossos dias.

    Há nos nossos dias um crescente esfriamento espiritual, um esfriamento de amor pelo Senhor. Isto já foi profetizado pelo próprio Cristo: “... E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” Mt. 24.12. O versículo diz que a iniquidade crescerá. As pessoas em geral amarão mais as trevas do que a luz. Isto já pode ser observado no mundo e também na igreja.

    A passagem de Mt. 24 representa claramente a Sulamita distanciada do seu amado. No contexto espiritual existe uma só igreja, mas com dois comportamentos... duas fileiras de dois exércitos de um só povo. É a isso que se refere “fileiras de dois exércitos” Ct 6.13.

    Uma fileira trata-se da igreja que se relaciona com Deus! Embora em muitos momentos a igreja enfraqueça perdendo o seu primeiro amor, seu encanto pelo Amado, Ele jamais deixou nem deixará de amar a sua noiva querida.

    Tal realidade mostra uma Sulamita próxima de seu Amado, uma igreja vestida da gloria e do poder de Deus. É uma igreja que tem visão, que não pára, que tem vida! “Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” Ef 2.1.

    A igreja que se relaciona com o Senhor não é uma igreja sem vida, ela glorifica, exalta, ora, prega, não se cala, tem visão espiritual, ela tem calor espiritual. Quer identificar esta igreja? Lá sentimos o espírito santo, sentimos o aroma do Noivo. Há uma alegria inigualável em nossos corações. Sl 122.1,2.

                                                                                                                  M.D.

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Autor MOISÉS DUARTE